Como não ter Deus?
Grande Sertão: Veredas
Foi um dos textos de literatura da prova da UFPE. Acabou português sendo minha maior nota: pouco mais de 7. Enfim, 5,96 não é tão ruim pra quem não pega n'um livro. Além do mais, pro meu curso dá e ainda sobra uns décimos. Minha segunda fase é uma beleza, tudo certo. Mas o juiz não vai me deixar entrar mesmo.
É justo. Só espero que eu consiga termimar o meu terceiro ano a tempo de fazer a matrícula referente ao próximo vestibular. Afinal de contas, 200 dias letivos marcam o ano de todos. O que eu, respeitosamente, não concordo. Ao meu ver, fere um pouco da individualidade. E se eu consigo ver o assunto em... 100 dias? Não me valhe nada? Um ano perdido? Esse é o preço da igualdade: limitação e mais desigualdade.
Limitam o desenvolvimento dos inteligentes e jogam tempo fora aos burros. Jogam pérolas aos porcos clamando que a igualdade é o mais supremo dos direitos. Está na boca do povo: "todos somos iguais!"... Ora, todos somos iguais? Isso é uma afronta contra a racionalidade humana, isso sim. Sabe outro bordão tosquíssimo? "Somos todos iguais perante Deus".
São Tomás de Aquino sentença que, diferente do amor humano que ama um terceiro pelos apetites que esse possui, o amor divino é a causa dos apetites humanos. Deus nos ama de diferentes maneiras. Não existe igualdade, é uma farsa. É uma realidade impraticável, vai contra a tendência natural da espécie humana.
E digo mais: a igualdade, quando aplicada à educação, deveria ser considerado um crime contra os direitos humanos. Forçar um super-dotado à se adequar ao ritmo de trabalho lerdo aplicado aos seus "iguais" é absurdo. É direito dele de se desenvolver. E mais: é direito dele ser diferente.
Igualdade é uma pequena farsa, daqueles que não têm humildade.
Existe superioridade entre as pessoas. É fato. Se engana quem deseja a igualdade: ninguém pode ir contra a sua razão de ser. É, tão somente, inútil.